Amamentação
Amamentação
O processo da amamentação é frequentemente visto como um passo natural da gestação, e é indicado como forma de alimentação do seu bebê exclusivamente até 6 meses de vida. O leite materno possui varias benefícios em comparação com fórmulas infantis, tais como proteínas adequadas para digestão do bebê, reduzindo assim a chance de reações alérgicas; anticorpos para proteção, sendo que se o bebê fica doente, os germes presentes na saliva do bebê entram em contato com o mamilo na mãe e isso ativa a produção de anticorpos específicos para aquela doença no leite materno, diminuindo a gravidade e o sintomas da criança; diminui a necessidade de bicos ou chupetas; há menor chance de obesidade na criança e adolescente amamentado ao seio; o aleitamento contribui para a inteligência do bebê.. Os benefícios para a mãe são a produção de hormônios de bem-estar durante a amamentação; ajuda o útero a retornar ao seu tamanho original; diminui risco de osteoporose, câncer de mama e de ovário; facilita o retorno do peso prévio da gravidez, a amamentação gasta por dia em média 800 calorias para cada litro de leite produzido; é muito mais prática e barata em relação ao preparo de fórmula, que necessita de água quente, mamadeira, bicos, etc; elimina riscos de infecção por contaminação no preparo.
Durante o período pós-parto, o primeiro leite produzido é chamado colostro, este leite é rico em anticorpos e vitaminas, presente nos primeiros 5 dias. Em seguida vem a apojadura, a descida do leite aumenta muito e frequentemente é maior que a capacidade do bebê de sugar, podem ocorrer o acúmulo de leite e inflamação da mama, a mastite. Até 14 dias, o leite se torna maduro, mas mesmo este leite maduro sofre modificações durante a mamada, sendo no início da mamada mais transparente, com alto teor de água e anticorpos; o leite do meio é mais encorpado e esbranquiçado com maior quantidade de proteína e no final, o leite se torna mais amarelado e gorduroso.
O que você precisa saber para ter uma amamentação mais tranquila?
Antes do bebê nascer, pode-se preparar as mamas, seguindo algumas orientações: ao lavar os mamilos, use somente água para que o sabão não remova a oleosidade natural que os protege, pode-se ainda usar o próprio leite materno como forma de hidratação do local; comece a usar o sutiã de amamentação no terceiro trimestre de gravidez, pois tem menor chance de machucar e ferir os mamilos; arejar os mamilos, evitando fungos e fissuras; mamilos invertidos devem ser avaliados por um profissional para auxiliar na massagem e estímulo, mas não se preocupe excessivamente com isso, o bebê deve abocanhar toda a aréola do mamilo para sugar para que a amamentação seja efetiva. Banho de sol nas mamas é uma orientação controversa atualmente pois o contato direto com o sol pode gerar cancer de pele. Outras orientações antigas que devem ser evitadas são o uso de bucha para lavar os mamilos, devido risco de gerar feridas; e uso de cremes hidratantes nos mamilos, use somente o próprio leite materno.
Imediatamente apos o parto os hormônios maternos mudam e deixam de ser focados em manter a gestação para iniciar o processo de produção de leite. Os mamilos passam a ter mais resistencia e a mama passa por ingurgitamento (aumento do tamanho pela produção de leite). A sucção do bebê estimula a formação de hormônios como a ocitocina que age contraindo os ductos mamários e o útero e a prolactina que age na produção do leite materno. A mãe não deve se preocupar se terá leite suficiente antes do parto, pois o estímulo da presença do bebê é primordial para a apojadura (descida do leite materno). Sabendo que a produção de leite é na maior parte feita durante a amamentação, a mãe deve ter em mente que a mama não é estoque e sim fábrica, não importando a sensação de ingurgitamento na amamentação. Outro ponto a ser lembrado é que após o parto o bebê estará com o estômago com pouca capacidade de volume sendo valores próximos de 5 a 10 ml suficientes para dar saciedade nos três primeiros dias de vida. Este leite inicial é chamado colostro e é rico em anticorpos para proteger o bebê de infecções.
A pega
O bebê e a mãe devem criar um binômio e uma ligação única que vai ser importantíssima no processo de amamentação. A mãe é responsável por parte do sucesso, sendo que a outra parte é a pega do bebê ao seio materno. Nesse processo frequentemente é necessário o auxílio de um profissional de consultoria de amamentação, principalmente em mães de “primeira viagem”. Os passos para uma pega ideal são:
- Ajude o seu bebê a abrir a boca, encostando o mamilo no seu lábio superior, o cheiro do leite e o toque ajudam o bebê a iniciar o reflexo de sucção.
- A boca do bebê deve estar bem aberta e abocanhar a aréola do mamilo, não somente o bico, pois isso pode levar a rachaduras.
- Os lábios do bebê devem estar invertidos, como se fosse uma “boquinha de peixe”.
- O queixo deve estar encostado na mama, facilitando o movimento da língua e a extração do leite.
A mãe deve ver o movimento de engolir no pescoço com o queixo se movendo e o bebê deve respirar pelo nariz. Não pode ocorrer: barulhos durante a amamentação, isso reflete no bebê engolir muito ar e maior necessidade de arrotar; não deve haver choro durante a amamentação, pois o bebê satisfeito deve estar tranquilo; a mãe não deve sentir dor para amamentar, isso está ligado a sucção da ponta do mamilo.
A mãe deve estar com roupas confortáveis e relaxada para amamentar, procure posições diferentes para amamentar.
de: https://amarepediatria.com.br/blog/importancia-da-pega-correta-do-bebe-na-amamentacao/
Posições para amamentar:
Tradicional: a posição mais clássica para amamentar consiste em colocar a cabeça do bebê na dobra do cotovelo do mesmo lado do seio que será oferecido, trazer a cabeça do bebê em direção ao seio e não se incline para frente, com a mão do lado que não está amamentando deve-se apoiar a cabeça do bebe para encaixar na pega do seio, uso uma almofada para auxiliar e deixar a posição mais confortável.
Invertida: o corpo do bebê fica apoiado abaixo da axila da mãe, como se fosse uma bola de futebol americano, é uma posição confortável para mães com mamas grandes e após a cesárea pois não permite contato com a ferida cirúrgica.
Sentado: é possível amamentar o bebê sentado no colo da mãe, desde que haja bastante suporte ao pescoço.
Deitada: a mãe deitada na cama e o bebê sobre ela apoiando barriga com barriga, uma posição recomendada para mães com muito leite e bebês muito vorazes.
De quatro apoios: o bebê deitado na cama e a mãe por cima nos quatro apoios, é uma posição que ajuda a liberar o entupimento de ductos mamários e mastites.
de : http://www.bloggraodegente.com.br/gravidez/melhores-posicoes-para-amamentar/
Algumas condições do bebê podem atrapalhar na amamentação, como o baixo peso ao nascer, prematuridade, síndromes geneticas e língua presa.
O excesso de leite pode causar mastites e dor, sendo indicado usar conchas coletoras e também extrair o leite para armazenamento e doação. O leite humano dura 12 horas na geladeira e 15 dias no congelador, armazene em um pote de vidro com tampa de plástico, esterilizado em água fervente por 15 minutos ou pote de silicone próprio para leite humano. Na hora de aquecer, faça em banho maria. Quando for extrair, lembre-se de colocar uma etiqueta com data e hora, pois o leite da manhã é mais estimulante e o leite noturno ajuda a dormir devido a sua composição.
Se ocorrer o empedramento das mamas por excesso de leite não há necessidade de interromper o aleitamento, mas, após cada mamada, você deve fazer a ordenha para ajudar a esvaziar. Antes, massageie com a ponta dos dedos no sentido horário, da região da mama em direção à aréola, por pelo menos cinco minutos. Após a ordenha, faça compressas frias – nunca quentes! Deixar cair água fria no banho também ajuda. Se evoluir para mastite, podem aparecer febre, vermelhidão e pus, é necessário procurar um médico.
Bom dia! Existe algum medicamento para produção de leite materno?
existem tinturas de plantas como algodoeiro ou alfafa que podem ajudar!
muito legal esse site parabéns pelo conteúdo.
Por quanto tempo máximo é bom para o bebê ter como fonte principal a amamentação?
Pelo menos até 2 anos