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TDAH
TDAH e genética

TDAH e genética

Olá, pessoal! Hoje eu vou falar sobre um assunto que muita gente tem curiosidade: o TDAH e a genética familiar. Será que o TDAH é hereditário? Será que se você tem TDAH, seus filhos também terão? Será que se você não tem TDAH, mas seu primo tem, você pode ter herdado algum gene do TDAH?

Primeiro, vamos entender o que é o TDAH. O TDAH é a sigla para Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, um transtorno neurobiológico que afeta cerca de 5% da população mundial. As pessoas com TDAH têm dificuldade para se concentrar, se organizar, planejar, controlar impulsos e ficar paradas. Elas também são muito criativas, curiosas, espontâneas e divertidas.

O TDAH não é uma doença, mas sim uma forma diferente de funcionar do cérebro. O cérebro das pessoas com TDAH tem menos atividade em algumas áreas que regulam a atenção, a memória e a inibição. Isso faz com que elas se distraiam facilmente com estímulos externos ou internos, como sons, imagens, pensamentos ou emoções. Além disso, o cérebro das pessoas com TDAH produz menos dopamina, um neurotransmissor que está relacionado ao prazer, à motivação e à recompensa. Por isso, elas precisam de mais estímulos para se sentirem satisfeitas e interessadas.

Mas de onde vem o TDAH? Bom, a resposta é: da genética! Isso mesmo, o TDAH é um transtorno altamente hereditário, ou seja, passa de pais para filhos através dos genes. Os genes são as unidades básicas da herança biológica, que determinam as características físicas e mentais de cada indivíduo. Cada pessoa tem cerca de 20 mil genes, distribuídos em 23 pares de cromossomos. Metade dos genes vem do pai e metade da mãe.

Os cientistas já identificaram mais de 100 genes que podem estar envolvidos no TDAH. Esses genes afetam a formação e o funcionamento das células nervosas, dos neurotransmissores e dos receptores cerebrais. Alguns desses genes são mais comuns em pessoas com TDAH do que na população em geral. Outros são mais raros e podem causar formas mais graves ou associadas a outros transtornos.

Mas isso não significa que o TDAH seja determinado apenas pelos genes. O ambiente também tem um papel importante na expressão do transtorno. Fatores como o estresse na gravidez ou na infância, a exposição a substâncias tóxicas, as infecções ou traumas cerebrais, as condições sociais e educacionais podem influenciar no desenvolvimento e na manifestação do TDAH.

Então, como saber se você tem ou não o TDAH? Bem, não existe um teste genético específico para o transtorno. O diagnóstico é feito por um médico ou psicólogo especializado, que avalia os sintomas, o histórico familiar e o impacto do transtorno na vida da pessoa. O TDAH pode ser diagnosticado em qualquer idade, mas geralmente aparece na infância ou na adolescência.

Se você tem TDAH, há uma chance de 50% de que seu filho também tenha. Mas isso não é uma certeza absoluta. Seu filho pode ter herdado outros genes que não estão relacionados ao transtorno ou pode ter vivido experiências diferentes que modularam a expressão do transtorno. Por isso, é importante observar o comportamento e o desempenho do seu filho desde cedo e procurar ajuda profissional se houver suspeita de TDAH.

Se você não tem TDAH, mas tem algum parente próximo que tem (como um irmão ou um primo), há uma chance menor de que você tenha herdado algum gene do transtorno. Mas ainda assim existe uma possibilidade. O TDAH é um transtorno complexo e multifatorial, que envolve vários genes e interações entre eles. Por isso, às vezes o transtorno pode pular uma geração ou aparecer em apenas um dos gêmeos idênticos.

O que fazer se você descobrir que tem TDAH? Bom, a primeira coisa é não se desesperar. O TDAH não é um defeito, mas sim uma diferença. Você pode ter muitas qualidades e potenciais que podem ser explorados e desenvolvidos. O TDAH não impede ninguém de ser feliz e bem-sucedido. Há muitas pessoas famosas e admiráveis que têm ou tiveram TDAH, como Albert Einstein, Leonardo da Vinci, Walt Disney, Bill Gates, Steven Spielberg, entre outros.

A segunda coisa é procurar tratamento adequado. O TDAH pode trazer alguns desafios e dificuldades na vida pessoal, escolar, profissional e social. Mas esses problemas podem ser minimizados ou superados com a ajuda de medicamentos, terapia, orientação, apoio e estratégias de adaptação. O tratamento deve ser individualizado e multidisciplinar, envolvendo a pessoa com TDAH, a família, a escola e os profissionais de saúde.

A terceira coisa é se informar e se conscientizar sobre o transtorno. Quanto mais você souber sobre o TDAH, mais você poderá entender e aceitar suas características, seus pontos fortes e seus pontos fracos. Você também poderá ajudar outras pessoas que têm o transtorno ou que convivem com ele. Há muitos livros, sites, blogs, podcasts, vídeos e grupos de apoio sobre o tema. Aproveite esses recursos para aprender e compartilhar suas experiências.

E a quarta coisa é se divertir! O TDAH não precisa ser um fardo ou um obstáculo na sua vida. Você pode usar sua criatividade, sua energia, seu humor e sua paixão para fazer coisas incríveis e divertidas. Você pode encontrar hobbies, atividades, projetos e pessoas que te motivem e te façam feliz. Você pode transformar seus desafios em oportunidades e seus sonhos em realidade.

Espero que vocês tenham gostado deste post sobre o TDAH e a genética familiar. Se vocês têm alguma dúvida, comentário ou sugestão, deixem nos comentários abaixo. E se vocês gostaram deste post, compartilhem com seus amigos nas redes sociais. Até a próxima!

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